Google entra no mercado de ‘energia inteligente’

O Google anunciou ontem sua entrada no mercado pequeno, mas em expansão, de "rede elétrica inteligente" (smart grid), tecnologias digitais que procuram, ao mesmo tempo, manter o sistema elétrico em uma situação de equilíbrio e reduzir o consumo de energia elétrica. Várias empresas buscam maneiras de controlar a demanda por energia elétrica como uma alternativa à construção de mais usinas.

O Google desenvolveu um serviço gratuito na internet, chamado PowerMeter, que permite aos consumidores medir o uso de energia em casa e na empresa, no momento em que a energia é consumida.

O Google espera que outras empresas fabriquem equipamentos para fornecer dados ao PowerMeter. Apesar de a empresa querer lançar o serviço nos próximos meses, ainda não teve adesão de fabricantes de equipamentos. "Não conseguimos desenvolver sozinhos esse produto completo", disse Kirsten Olsen Cahill, uma gerente do Google.org, braço filantrópico da empresa. "Dependemos de todo um ecossistema de prestadoras de serviços, fabricantes de equipamentos e políticas públicas que permitam aos consumidores ter acesso detalhado ao uso de energia em sua casa, para tomar decisões mais inteligentes."

"Smart grid" é a expressão da moda no setor de energia, englobando várias medidas que incluem mais comunicação entre as empresas de energia e componentes da rede, como transformadores, linhas de energia, medidores e até mesmo eletrodomésticos, como lavadoras de louça."Eles colocam há muito tempo um chip na sua lavadora de louças, que permitiria que você a mandasse funcionar a qualquer momento que quisesse", afirmou Rick Sergel, presidente da North American Electric Reliability Corp., associação que define padrões abertos para a rede elétrica. "Se a empresa de eletricidade conseguisse conversar com a lavadora, poderia dizer à máquina para trabalhar às 2 horas da manhã no lugar de 2 horas da tarde, ou dizer ao dono da casa quanto poderia economizar se usasse a máquina num outro horário."

A rede inteligente também pode ser útil para carros híbridos, reconhecendo-os da mesma forma que a rede de telefonia celular reconhece um aparelho quando ele é ligado. A empresa poderia cobrar o dono do carro pela energia independentemente dos locais em que ele recarrega o veículo. As informações são do jornal New York Times.

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